domingo, 1 de junho de 2014

O Homem número


Você é apenas um número.

Trabelhei por dois anos no militarismo, e uma coisa que se aprende que você é apenas um número, existe uma hierarquia, demorei para perceber que isso se reflete do lado de fora dos muros de um quartel.

Por que?

Porque vivemos em milhões, concorrendo uns com os outros, você faz faculdade? Sim.

Essa foi uma Real dada por um professor no inicio do meu curso superior;

"Imagine que seu curso, em todas as classes de todos os períodos forme 100 pessoas, e na sua cidade tenham mais 10 faculdades com o curso X(o que você faz) e forme todas 1000 profissionais na sua área de atuação, são 1100 pessoas disputando um mercado uns tem padrinhos, já alguns mudam de cidade, outros tem emprego em outra carreira garantida, nisso sobram 1050 pessoas, imagine essas pessoas enviando currículos para N empresas muitos para a mesma, no olhar frio de um recrutador você é somente um número, a não ser que você tenha algo a mais, pode ser inglês fluente, espanhol, chinês, certificações, estágio em grande empresa ou indicação você estará no mesmo saco que outros concorrentes que em igualdade podem ganhar de você pela postura, aparência ou por "simpatizar" com o candidato."



No mercado de trabalho, na avaliação fria ou subjetiva de profissionais de RH somos apenas mais um, para muitas empresas principalmente as terceirizadas de recurso humanos, nós somos apenas produtos que eles vendem as empresas, não tendo nenhum cuidado com o profissional, que muitas vezes é tratado como gado. Escrevo isso por experiência e observação, vá em agências de emprego no centro de SP, você verá uma legião de candidatos de jovens sem experiência até ex-chefes de setores profissionais experientes e gabaritados que foram mandados embora por redução de custos entre outros motivos, muitos com mais de 30, 35, 40 anos.

Na empresa independente se for grande ou pequena você tem de produzir como parte da engrenagem, tem de fazer números se você não for diferente seu chefe pode te mandar embora ou ferrar com você o forçado a sair.

O mundo corporativo é cruel, "puxa-saquismo", prostituição corporativa, nepotismo, apadrinhamento tudo para atrapalhar a vida do homem comum.

O que fazer.

Utilize o sistema a seu favor, use o dinheiro do emprego para estudar, faça cursos do que gosta e dê dinheiro, estude para concursos, estude para uma profissão escassa no exterior e dê banana para o Brasil quando estiver no avião, aporte grana para uma futura independência financeira ou abrir um negócio.



Você é um numero, as vezes não tem amigo ou padrinho que lhe salvará de um pé na bunda da empresa.

Pense no futuro. Somos um produto, mas cabe a cada um se jogar no ostracismo ou se reciclar e reinventar a própria vida.
Estamos entre milhões, mas temos de nos destacar

Se quiser mandar uma pergunta acesse o ASK do blog: http://ask.fm/OSoldadoAnonimo